Depois do croissant, o briche é o outro símbolo muito reconhecido da culinária francesa, e constantemente relacionado à imagem da rainha Maria Antonieta que, segundo dizem boatos, ao ser questionada sobre a fome que o povo passava por conta do preço do pão, se manifestou com frase "que comam brioches". Entretanto tal história já foi desmentida, e a rainha não teria dito tal coisa, mas talvez a princesa Maria Teresa da Espanha, cunhada de Maria Antonieta.
Mas a história do pãozinho vem de um pouco antes da época em que se tornou motivo de problemas para a corte...
Data-se que sua criação se deu lá pelo século XVII, na cidade de Brie, ao norte da França (aliás, a mesma cidade de origem do queijo que leva o nome do local, e também era um ingrediente presente na receita original da massa), e era conhecido como "doce dos profetas", por seu formato se assemelhar com os adornos representados em suas cabeças pela igreja católica (aureolas), já que a massa é feita em formato de bolinhas, e a menor é colocada em cima da menor.
A receita original era composta pelo queijo Brie, farinha, sal e água. Posteriormente foi adaptada, com a troca do queijo por leite, e a adição de ovos, manteiga e açúcar, gerando um sucesso enorme do doce, que passou de algo simples e camponesa para a apreciação da corte francesa, por conta da maciez, suavidade, sabor e aroma únicos.
Hoje podemos encontrar duas variações do brioche: O Parisienne, que possui o formato tradicional da bola de massa menor sobreposta sobre a maior e possui um sabor mais amanteigado, e o Nanterre, que são várias bolas de massa do mesmo tamanho assadas, como um pão.
Não é aconselhável que se coma o pãozinho como acompanhamento de refeições pesadas, tal como o almoço ou jantar, mas sim com um café antes de ir ao trabalho ou em um chá da tarde no final de semana.
E então, comamos brioches?