"(...) disse que representariam a verdadeira França, de um povo repleto de rebeldia, e, que por esse povo, levantariam armas."
Um porto seguro - A rosa e o florete
A guarda nacional foi formada por homens desistentes da guarda real e da guarda francesa.
A guarda real, derivada dos antigos mosqueteiros, tinha como função proteger a monarquia e seus membros. Era formada pela elite de soldados, e em sua maioria, era composta por filhos de famílias nobres, e que já possuíam alguma tradição na guarda, e que por isso se alistavam nesse regimento. Era uma honra ser um soldado da guarda real, e também um grande investimento da coroa. Seus uniformes possuíam as cores da monarquia, azul em grande destaque contrastando com detalhes vermelhos e brancos, porém da mesma forma que serviam o rei, serviam o país, não só nas guerras como internamente. Porém a partir do momento em que a monarquia começa a investir gastos exorbitantes com batalhas que não eram deles, e para sustentar o luxo da corte, de forma que a guarda não podia expressar o que achavam daquela situação e não haviam nenhum direito político, Luís XVI passou a ter um grande inimigo ao seu lado e perder o escudo que o defendia.
A guarda real se amotinou contra a coroa em 1789, abandonando o rei e se unindo a burguesia revolucionária e participaram da queda da Bastilha, porém não só eles, como soldados desertores da guarda francesa.
A guarda francesa era responsável pela segurança de cada região, portanto havia a guarda francesa de Paris, de Lyon, etc. A guarda francesa de Paris era muito presente na cidade, porém passou a receber ordens de, ao invés de proteger o povo, deveria colocar medo nele e evitar os levantes que aumentavam na cidade. Porém, ao contrário da guarda real, não era tão elitizada, e por isso se unir ao povo não foi difícil. Se revoltaram contra seus comandantes e se uniram a causa revolucionária.
Esses soldados desertores das guardas real e francesa, juntos, formaram a Guarda Nacional, criada em 1789 e combatendo até 1872. O objetivo da guarda nacional era defender os interesses do povo, e não do governo. Lutaram contra o rei na Revolução Francesa, porém quando Robespierre instaurou o período de Terror, apoiaram a decisão da Convenção e prenderam os jacobinos.
Não era preciso títulos, somente serem franceses que lutassem pelo seu povo e pela França!